Dislexia Virtual

Confesso que tenho tido alguma dificuldade em acompanhar a blogosfera mais próxima aqui do burgo! Das duas uma, ou os rapazitos vivem num mundo diferente do meu, ou não lêem jornais, ou não vêem sondagens, nem o canal parlamento. Se o palco da política portuguesa fosse a blogosfera, fosse a virtualidade destas linhas, alguns destes proeminentes senhores, seriam certamente os seus doutrinários governadores. Acontece, que no mundo real, longe dos cabos e das adsl, as realidades são díspares, factuais e concretas. O mundo da alienação ao rigor, faz de algumas mentes mais retorcidas o factor primário das suas tristes existências. A sede de vingança, proveniente de um mau génio, ou quiçá, de um mau perder, de alguns é tanta, que fazem desígnios sobre hipotéticas bebedeiras de Champagne, (já agora espero que seja este, e de preferência do ano de 1998) e vaticínios sobre hipotéticas responsabilidades. Terão porventura olhado para o âmago de quem proclamam defender? Terão porventura cavalgado sobre um novo sentido léxico, para as palavras proferidas na língua de Camões?
As visões desconexas de algumas destas mentes deixam-me perplexo, e com uma estrondosa dificuldade na tentativa de decifrar as suas vãs percepções da realidade. Afirmações como “manter esta chama viva na agenda politica portuguesa”, lançam à luz da realidade, uma insofismável e simplória questão: Qual chama? Será que as corporações de bombeiros terão sido chamadas a mais algum sinistro fogo, que só ocorre no intimo de alguns desejos individuais?
É por toda esta dislexia virtual, que se torna quase imperceptível os gritos de desespero, emanados em surdina, nas linhas, nos zoos, nas sociais e outros demais. Não seria mais profícuo encarar a difícil realidade, proveniente do desmembramento da base de apoio que durante tantos anos de êxitos, soube preservar a dignidade, a força e a vontade, de querer, ai sim, dizer bem alto, gritar até… SOU SOCIAL DEMOCRATA!