Não me parece que a solução passe pelo voto no sim. A questão é muito mais vasta do que o usadíssimo argumento de salvar as vidas das mulheres que abortam, ou da clandestinidade. O facto é que por detrás de cada questão legislada poderá estar associado um emergente negócio. É-o de facto hoje na clandestinidade, como passará a ser no futuro legalmente. É um negócio. Se os defensores do sim estivessem realmente preocupados com as mulheres, haveriam um conjunto de outras medidas mais urgentes a serem tomadas, como por exemplo um suplemento financeiro à maternidade, tal como o fez a Alemanha, até porque em Portugal a natalidade decresce preocupantemente. Esta foi transformada numa questão politica. Por um lado o PS não tem coragem para legislar, por outro lado, a esquerda quer manter a sua promessa ao seu eleitorado… O que mais me choca é a forma leviana, como as criaturas do sim, falam da mãe, da mãe, da mãe, mas nunca os vejo a falar do filho, do filho, do bebé, da criança… etc… o voto no sim é que é realmente abortivo.
Estou inteiramente de acordo com o apoio à Natalidade mas a verdade é que o apertão do cinto deste governo jamais terá o discernimento de escolher o melhor para os portugueses.
Mas para a política económica de compadrio e confraria não há apertão no cinto.
Este (des)governo está mais interessado em fechar maternidades, hospitais, serviços de urgência, escolas, aumentar taxas moderadoras, reduzir drásticamente os apoios nos medicamentos aos deficientes e doentes crónicos, e em nivelar por baixo, - caso das algumas/poucas vantagens da ADSE e outros sub-sitemas de saúde.
Em vez de promover as pensões de reforma dos 'amigalhaços' deveria apostar numa melhor redistribuição da riqueza e tentar melhorar o SNS, aproximando-o às poucas vantagens existentes nas 'excepções'.
Apoio aos nascimentos e às mães, para que possam dar uma maior assistência aos seus filhos de tenra idade, é algo de que este PM nunca deve ter ouvido falar.
À consciência... Diga-me... que medidas o Não apresentou? E não falo de agora, porque agora todos enchem o papo para ditar o que aprendem nos livros, das leis e afins... Falo desde 98 para combater o aborto clandestino... Sabe... vou-lhe contar um segredo, mas "shiuuu", não diga a ninguém... Desde 98, nunca mais se fizeram abortos porque o Não venceu o referendo! E eles, felizes da vida por terem votado Não, voltaram à sua linda vida, a regar plantinhas e a beber leitinho antes de se deitarem, pensando que tinham resolvido o problema do aborto. Daí não terem falado mais nada... só agora... outra vez... e outra vez... e outra vez...
Num mundo impregnado de contradições, falsas verdades, quase mentiras, desmentidos, acusações, factos que já não o são, é fácil esticar o dedo, e tecer as mais mordazes críticas.
O contraditório destas e de outras questões é porém o fio condutor deste espaço.
6 Criticas:
Parabéns. Já tás in...
Por E, a 08 fevereiro, 2007 00:55
Não me parece que a solução passe pelo voto no sim. A questão é muito mais vasta do que o usadíssimo argumento de salvar as vidas das mulheres que abortam, ou da clandestinidade. O facto é que por detrás de cada questão legislada poderá estar associado um emergente negócio. É-o de facto hoje na clandestinidade, como passará a ser no futuro legalmente. É um negócio.
Se os defensores do sim estivessem realmente preocupados com as mulheres, haveriam um conjunto de outras medidas mais urgentes a serem tomadas, como por exemplo um suplemento financeiro à maternidade, tal como o fez a Alemanha, até porque em Portugal a natalidade decresce preocupantemente.
Esta foi transformada numa questão politica. Por um lado o PS não tem coragem para legislar, por outro lado, a esquerda quer manter a sua promessa ao seu eleitorado…
O que mais me choca é a forma leviana, como as criaturas do sim, falam da mãe, da mãe, da mãe, mas nunca os vejo a falar do filho, do filho, do bebé, da criança… etc… o voto no sim é que é realmente abortivo.
Por Anónimo, a 08 fevereiro, 2007 08:10
Estou inteiramente de acordo com o apoio à Natalidade mas a verdade é que o apertão do cinto deste governo jamais terá o discernimento de escolher o melhor para os portugueses.
Por Anónimo, a 08 fevereiro, 2007 09:02
Mas para a política económica de compadrio e confraria não há apertão no cinto.
Este (des)governo está mais interessado em fechar maternidades, hospitais, serviços de urgência, escolas, aumentar taxas moderadoras, reduzir drásticamente os apoios nos medicamentos aos deficientes e doentes crónicos, e em nivelar por baixo, - caso das algumas/poucas vantagens da ADSE e outros sub-sitemas de saúde.
Em vez de promover as pensões de reforma dos 'amigalhaços' deveria apostar numa melhor redistribuição da riqueza e tentar melhorar o SNS, aproximando-o às poucas vantagens existentes nas 'excepções'.
Apoio aos nascimentos e às mães, para que possam dar uma maior assistência aos seus filhos de tenra idade, é algo de que este PM nunca deve ter ouvido falar.
Enfim!
Por Isabel Magalhães, a 08 fevereiro, 2007 15:45
À consciência... Diga-me... que medidas o Não apresentou? E não falo de agora, porque agora todos enchem o papo para ditar o que aprendem nos livros, das leis e afins... Falo desde 98 para combater o aborto clandestino... Sabe... vou-lhe contar um segredo, mas "shiuuu", não diga a ninguém... Desde 98, nunca mais se fizeram abortos porque o Não venceu o referendo! E eles, felizes da vida por terem votado Não, voltaram à sua linda vida, a regar plantinhas e a beber leitinho antes de se deitarem, pensando que tinham resolvido o problema do aborto. Daí não terem falado mais nada... só agora... outra vez... e outra vez... e outra vez...
Por Susie, a 08 fevereiro, 2007 18:43
Vi hoje uma reportagem no público sobre a IVG na Suiça. Título: Portugal atrasado 100 anos em relação à Suiça.
Ainda bem, já estava a ficar preocupado, pensava que eram só 20 ou 30...
Por E, a 08 fevereiro, 2007 19:54
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